Review: Singularity

Por mais que X-Men Origins: Wolverine não tenha recebido notas tão altas pela crítica especializada, nós sabemos que se trata de um ótimo e bem acabado game. E isso só vem comprovar que a fama da produtora Raven Software em lançar bons títulos não é em vão.

A empresa desta vez resolveu investir em algo inédito e elaborado desde o início por ela mesma. Assim nasceu Singularity, um excelente jogo de tiro em primeira pessoa com uma mecânica inteligente de controle do tempo, além do clima sombrio e uma história interessante. E que lembra bastante o famoso BioShock.
 

Se correr o bicho pega e se ficar o bicho come

Tempo, sua melhor arma

Assim como em TimeShift, a base de toda a jogabilidade de Singularity é o controle do tempo, porém esses elementos são usados com mais inteligência e com um design de fases e situações bem melhores que o concorrente. Na essência ainda se trata de correr e atirar, portanto esteja preparado para metralhar seus inimigos, mas usando com sabedoria o tempo poderá ser seu maior parceiro.

É possível resolver quebra-cabeças com o uso do controle do tempo, como por exemplo voltando uma escada ou objeto ao passado para que o mesmo deixe de estar quebrado ou destruído e volte à sua forma original. Também é possível paralisar inimigos, ou ainda envelhecê-los até a morte, ou ainda tornar a ação lenta ou acelerada de acordo com a necessidade. Todos esses elementos são usados em situações interessantes durante a aventura, o que resulta em momentos marcantes e causa uma boa impressão ao jogador.
 

"Atirem na cabeça! Atirem na cabeça!"

Multiplayer quase lá

Além da jogabilidade bacana, Singularity ainda conta com uma parte técnica primorosa, com gráficos belíssimos e uma parte sonora bem resolvida. Os cenários são bem construídos não só no que diz respeito à interação, como no trabalho de arte e texturas muito bem produzidas. Boas dublagens, uma trilha sonora condizente e ótimos efeitos sonoros completam a experiência.

O multiplayer, assim como em Gears of War, por exemplo, coloca humanos contra monstros em todo o momento. Mas, infelizmente, as modalidades são genéricas e nada do que é apresentado pode ser chamado de inédito. A matança multiplayer é até divertida, mas perde o brilho em pouco tempo, o que nos leva a esperar por uma possível futura expansão, que possa acrescentar novos modos, além de mapas mais bacanas.

Singularity é um ótimo lançamento, que se por um lado pode não rivalizar com os peso-pesados do gênero, por outro certamente divertirá os fãs. É mais um ótimo game da Raven que contribui para a robusta lista da empresa.

Plataformas: PC, Xbox 360 e PlayStation 3
Produção: Activision
Desenvolvimento: Raven Software
Jogadores: 1-12

Gráficos: 8,5
Som: 8,0
Jogabilidade: 8,0
Diversão: 8,0
Replay: 7,0
NOTA FINAL: 8,0
 

Cuidado! Ele tem olhos azuis!

Cara feia pra gente é fome