Wet

06/07/2010 15:13

Não se sabe ao certo o porquê, mas a Sierra começou 2009 com uma idéia pra lá de interessante na cabeça: ao invés de seguir a onda das grandes companhias e se preocupar apenas em lançar seqüências para suas séries já conhecidas, o estúdio decidiu apostar alto em novas propriedades intelectuais – as tradicionais IPs, como são conhecidas lá fora. Wet é uma destas novas franquias. Definido como um encontro entre Lara Croft, Quentin Tarantino e Prince of Persia, o game é ação no sentido mais primitivo da palavra.

Focado na história de Ruby, uma mercenária que aceita qualquer tipo de trabalho desde que as verdinhas estejam na mesa, o jogo mescla acrobacias, artes-marciais e armas de fogo de maneira intensa. O intuito dos produtores – em sua maioria veteranos da divisão de Montreal da Ubisoft – é convencer você a não se grudar em um único estilo de jogo. A solução? Fazer com que alternar entre pancadarias e tiroteios seja mérito de um simples toque no direcional digital. Quando Ruby percebe que não está se saindo bem com uma espada – a lista de armas é realmente bizarra, então espere por coisas modernas e medievais –, pode muito bem encarnar a protagonista de Tomb Raider e sacar duas pistolas simultaneamente.

Pode parecer bizarro, mas um dos destaques de Wet consiste no fato de essas duas armas serem independentes uma da outra. Tudo é cortesia de um sistema intuitivo de mira: além de permitir que você foque automaticamente em um determinado inimigo, ele vai além fazendo com que a sua pistola secundária seja controlada manualmente pelo direcional digital direito. E a graça, fique sabendo, não está necessariamente em atirar para matar. Uma tática bem inteligente consiste em interagir com objetos que, direta ou indiretamente acabam atingindo oponentes, bloqueando caminhos ou abrindo rotas de fuga.

São detalhes assim que fazem do projeto um misto de exagero e expectativa, mesmo ele soando ligeiramente manjado. Aliás, esta é uma das grandes preocupações da Artificial Mind – tanto é que o estúdio foi atrás de Duppy Demetrius para cuidar do enredo e entregar uma história “única e envolvente”. Você provavelmente não conhece o cara pelo nome, mas sim pelos seus trabalhos: produtor responsável por cinco dos sete anos da série 24 Horas e catorze episódios da série The Closer, Duppy sabe o que faz.

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